Ronaldo Azeredo

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A obra é uma síntese do percurso poético de Azeredo, uma homenagem a Alfredo Volpi, a Patrícia Galvão (Pagu), ao grupo e à revista Noigandres: tudo, sob a luz da lua, em uma espécie de relógio lunar a marcar o “tempo arte”, entre 1952 e 1989, como afirma o autor, no texto complementar à obra. A pirâmide — em alumínio anodizado, com 20cm de altura, 28cm de largura e 0,09mm de espessura — apresenta no fundo, em suas faces, as três cores básicas (do ponto de vista da cor-luz): vermelho, azul e verde. A referência a essas cores pode ser compreendida como a recuperação de uma das marcas distintivas da arte concreta [que explora a pureza das formas e das cores em seus trabalhos), como, também, uma homenagem a Volpi, de acordo com o próprio poeta: “as três cores desse universo são uma homenagem ao meu grande mestre e amigo A. Volpi […]” (AZEREDO, 1991, [s.p.]). O objeto é acompanhado de um texto explicativo, algo comum na arte conceituai: uma tendência que se firmou nas décadas de 1960 e 1970, cujo Ícone foi Marcel Duchamp (1887-1968). Para o artista de origem francesa, o que realmente importava era o questionamento sobre a arte, desencadeado por seus trabalhos e iniciativas.

No texto que acompanha a pirâmide, são apresentados o prefácio do poeta M. A. Amaral Rezende, os créditos da produção e uma exposição detalhada pelo autor acerca do trabalho, revelando a equação físico-matemática, base do projeto; t = e/v (tempo é igual a espaço sobre velocidade).”

LEITE, Marli Siqueira.  Ronaldo Azeredo: o mínimo múltiplo (in)comum da poesía concreta.  Vitória (ES): EDUFES, 2013.  132 p.  20×20 cm.  ilus.  Projeto gráfico e diagramação: Isabelly Possatto.  Capa: Isabelli Possatto e Willi Piske Júnior. ISBN 978-85-7772-155-9  Ex. na bibl. Antonio Miranda

Concreta’56: A raiz da forma

Museu de Arte Moderna. São Paulo | Setembro de 2006

Método

  • Vetorização e impressão fineart