Giulio Paolini

Muitas vezes ligado ao movimento Arte Povera, Giulio Paolini é mais conhecido por uma prática artística que se inscreve numa esfera mais estritamente conceitual. Desde o início de sua carreira, Paolini desenvolveu uma complexa pesquisa centrada tanto nas ferramentas do artista quanto na figura do artista como operador de linguagem e cúmplice do espectador. As principais características de sua expressão artística incluem citações, duplicações e fragmentações, que são usadas como meios para encenar a distância entre um modelo acabado para tornar a obra um “teatro de evocação”.

Desenhos articulados e compostos, centrados na dinâmica aditiva (ordenação, repetição, justaposição) e forças centrífugas (explosões e dispersões partindo do centro) ou centrípeta (concentração, superposição, junção), acompanham os procedimentos provenientes de um vasto leque cultural Mitologias e memórias que são recapturadas na fotografia, colagem e moldes de gesso. Mais recentemente, a incessante investigação de Paolini sobre a definição eo propósito do trabalho tem sido insistentemente preocupada com o ato de exibir, que ele vê como o momento fundamental de encontrar o trabalho.

Italian Art Codex é uma exposição que reune 80 livros de artistas italianos, entre eles Michelangelo Pistoletto, Lucio Fontana, Mimmo Paladino e Mario Merz. São edições limitadas ou livros que são ao mesmo tempo obras de arte de alguns nomes fortes da arte italiana, do informalismo à transvanguarda.

A coleção pertence ao Centro per L’Arte Contemporanea Luiggi Pecci, Itália, e apresenta um panorama da produção de “livros de artista” a partir dos anos 60. Segundo Bazzini, curador da mostra, o movimento veio ratificar, ao longo do século 20, “uma inseparável fusão de forma e conteúdo: o objeto da tradição escrita torna-se obra de arte”.

Italian art Codex.

Centro Universitário Maria Antonia. São Paulo | Junho 2009