Pietro Maria Bardi

Digitalização parcial de acervo

Após a II Guerra Mundial, Bardi conhece a arquiteta Lina Bo no Studio d’Arte Palma, em Roma, que Bardi havia criado em 1944, importante centro de pesquisa e venda de arte. Ele divorcia-se e casa-se com Lina em 1946. No mesmo ano iniciam a aventura da vinda para o Brasil, país com a perspectiva de prosperidade e cenário de uma arquitetura talentosa e promissora, situação oposta à da Europa, que amarga a reconstrução nos anos pós-guerra. O casal parte de Gênova a bordo do cargueiro Almirante Jaceguay, trazendo uma significativa a coleção de obras de arte e peças de artesanato que deverão ser apresentadas numa série de mostras. Transportam também a enorme biblioteca do marchand.

Chegam ao Rio de Janeiro em 17 de outubro do mesmo ano. Com as obras trazidas da Itália, Bardi organiza a “Exposição de pintura italiana moderna”, em cujos salões encontra o empresário Assis Chateaubriand, que o convida para montarem juntos um museu há muito tempo idealizado. De 1947 a 1996 Bardi cria e comanda o Museu de Arte de São Paulo, MASP. Paralelamente, mantém sua atividade de ensaísta, crítico, historiador, pesquisador e galerista. Publica, em 1992, seu 50º e último livro, “História do MASP”. Em 1996, já adoecido, afasta-se do comando do museu. Abatido e com sua saúde debilitada desde a morte de Lina, ocorrida em 1992, ele falece em 1º. de outubro de 1999, tendo cumprido quase um século de vida a provar sua definição de si próprio, em resposta ao parceiro Chateaubriand: “Sim, sou um aventureiro”.

* Prêmio do Edital Proac 2015 – Projeto Acervo Bardi 2015/2016

Método

  • Digitalização