Gianni Ratto

Digitalização parcial do acervo documental

Gianni Ratto (Milão, Itália 1916 – São Paulo SP 2005). Diretor e cenógrafo. É entre os diretores italianos contratados pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), responsáveis pela evolução da cena brasileira nos anos 1950, o que mais contribui entre todos, realizando uma série de encenações históricas, radicando-se no país e permanecendo entre nós até a atualidade.

Fundou, no ano de 1946, ao lado de Paolo Grassi e Giorgio Strehler, o Piccolo Teatro de Milão. Foi sua fama de cenógrafo que lhe garantiu um contrato com o Teatro alla Scalla de Milão, no cargo de vice-diretor técnico. Foi lá que teve a oportunidade de dirigir a diva da ópera Maria Callas.

Chegou ao Brasil no ano de 1954 a convite da atriz Maria Della Costa e seu marido Sandro Polônio. A intenção da atriz era que o encenador a dirigisse no espetáculo de inauguração de seu teatro e sua companhia teatral: O Canto da Cotovia, de Jean Anouilh.

A chance de dirigir uma companhia brasileira o seduziu. Já no ano seguinte (1955) dirigia uma obra brasileira: A Moratória, de Jorge Andrade. Atitude que ia na contramão da cena teatral da época, dominada pelo Teatro Brasileiro de Comédia, que contava com outros diversos encenadores italianos: Adolfo Celi, Ruggero Jacobbi, Flaminio Bolini Cerri e Luciano Salce, todos sob a proteção dos mecenas Franco Zampari e Cicillo Matarazzo.

No ano de 1959, uniu-se à companhia teatral Teatro dos Sete, formada por: Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Sérgio Britto, Cleide Yáconis, Paulo Autran e outros. É considerado por muitos um dos renovadores da encenação brasileira ao lado de nomes como Ziembinski, Tomás Santa Rosa, Ruggero Jacobbi e Adolfo Celi.

Além de seus trabalhos no teatro, dirigiu várias óperas, inclusive no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Scala de Milão, onde também acumulou as funções de cenógrafo e iluminador.

Digitalizado para a exposição:

Gianni Ratto – 100 anos

SESC Consolação, São Paulo | Fevereiro de 2017

Método

  • Digitalização