Bruno Munari

Libro illeggibili MN 2 e MN1

A partir de 1949, Bruno Munari (1907-1998) lançou seu Libri illeggibili (livros ilegíveis), uma série de experimentos de design sobre a forma, materiais e finalidade do livro como um objeto.Uma característica fundamental destas publicações sem texto nem imagens é que o próprio meio se torna a mensagem, deixando a “narrativa” para a percepção do objeto em sua materialidade. Apesar de serem feitos como edições limitadas (às vezes cópias únicas), os livros ilegíveis receberam uma ampla aclamação da crítica, também a nível internacional, alcançando em poucos anos vinte edições diferentes. Para Munari estes folhetos eram principalmente artefatos de pesquisa, uma exploração de princípios de comunicação visual. Tal interesse está diretamente relacionado com sua militância futurista durante a década de 1930, da qual o estilista milanês assimilou uma atitude sem preconceitos ao processo criativo. Os livros ilegíveis são mais parecidos com os livros de artistas do que com os produtos editoriais: como tal, pertencem à esfera das artes plásticas (onde faziam parte do compromisso modernista de Munari pela democratização da arte). No entanto, seu resultado deve ser encontrado no trabalho de desenho gráfico de Munari, particularmente em seus livros infantis mais originais. Isso prova a continuidade entre a variedade de intervenções artísticas de Munari, bem como sua vontade de abolir a separação entre a esfera criativa ea vida cotidiana – que é o legado mais notável das vanguardas do século XX.

Italian art Codex.

Centro Universitário Maria Antonia. São Paulo | Junho 2009

Método

  • Recorte, vinco e encadernação manual.